quinta-feira, 22 de setembro de 2011

censuras

Se teu carinho
For do tamanho que é você...
Sorte terá aquele
Que colher no teu corpo
O que a natureza semeou.

Se nos meus olhos mergulhas,
É a ti que vês, eternamente
Esculpida e entalhada,
Porque há tempos,
Meus olhos são teus.

Quando nossos lábios
Dançam juntinhos,
Calados... censuram
Os desejos que por ti desenhei.

Quando tuas palavras
Alcançam minha alma gastada,
Uma estrada azul vai caindo
À minha frente.

Porque desconsertas em mim a razão
E com todo esse tamanho que te abriga
Não terminarei nunca
De dizer o que sinto
E poderia sentir...
Por enquanto, apenas
calo.